DUBLÊ DE RICO

VOCÊ É UM DUBLÊ DE RICO?

Você já viu alguma propaganda da Ferrari? Aqui está o que você precisa aprender com isso.

Já parou para pensar que os produtos mais caros e desejados do mundo, como um carro de luxo, não precisam de propaganda? Enquanto isso, muitos dos produtos que você consome no dia a dia estão em constante destaque nas campanhas publicitárias. Isso acontece porque produtos de luxo não são vendidos para quem quer parecer rico, mas para quem já entende o valor real de seu dinheiro.

Quem é rico? Rico é o 1% da população, e no Brasil, esse 1% ganha algo próximo a R$750mil reais por ano(bruto). E a classe média alta, os 10% da população, ganha algo próximo a R$200 mil por ano. É muito bom entender isso, que se você não tem renda de rico, você não deveria, ou melhor, você não deve consumir produtos de rico. Todo e qualquer produto, bem ou serviço de rico que você usar, você está sendo um dublê. Usando algo que não é seu.

Eu conheci uma expressão que define esses produtos como RR-resto de rico. Quanto mais dublês houver na economia, maior o consumo do rico, e isso é ótimo pra ele, mas péssimo para os dublês. Além disso, há algo no pior olhando para o longo prazo.

O rico tem a fonte de renda ascendente devido aos seus negócios, ou seja, ele tem um estilo de vida que não reduz seu patrimônio. Em contra partida, o dublê de rico, querendo parecer rico, e tendo uma renda capaz de comprar RR, acaba matando o seu futuro por comprar coisas que não pode manter, ou que não faz sentido para o seu futuro.

Pessoas da classe média, ao terem um aumento salarial, passam a vislumbrar s vida de rico, quando o sensato seria primeiro aumentar suas reservas, se consolidar nessa nova realidade e depois aos poucos mudar seus hábitos de consumo.

Para ser dublê de rico não precisa esforço. Basta você comprar tudo aquilo que você pode comprar (mas não consegue manter). Isso é tudo que o rico quer.

Então, como você pode aplicar essa lógica na sua vida financeira?

1. O carro dos seus sonhos deve caber no seu bolso

Um dos erros mais comuns que vemos por aí é o consumo exagerado de itens de status. Por isso, eu sigo uma regra simples: o valor do meu carro não deve ultrapassar 25% da minha renda anual. Ou seja, se eu ganho R$100 mil por ano, meu carro será de até R$25 mil. Pode parecer uma limitação, mas essa regra te força a uma lição importante: se você quer ter o carro dos seus sonhos, aumente suas rendas, em vez de aumentar sua dívida.

2. O valor do seu imóvel é um reflexo da sua renda acumulada

Quando se trata de imóveis, uma regra prática que eu sigo é que o valor da minha casa deve ser equivalente a quatro anos de renda acumulada. Então, se eu ganho R$100 mil por ano, meu imóvel terá um valor aproximado de R$400 mil. Esse princípio evita que você se coloque em situações financeiras arriscadas, como financiamentos longos e juros altos que podem prejudicar sua saúde financeira no futuro.

3. Poupança antes de tudo

Se você quer estabilidade financeira, adote o hábito de poupar pelo menos 20% de tudo o que você ganha. Qualquer dinheiro extra deve ser destinado para emergências ou para o futuro. Assim, você garante que, em momentos de necessidade, não precisará recorrer a empréstimos ou sacrificar seu patrimônio.

4. Cuidado com as armadilhas do consumo

Agora, um segredo pouco falado: evite a todo custo comprar o que é amplamente anunciado. Produtos com propagandas massivas muitas vezes são o reflexo de uma indústria vendendo o sonho de riqueza para quem ainda está longe dela. Se um produto precisa de tanta publicidade para ser vendido, pergunte-se: será que ele realmente vale o preço? E mais importante, será que eu realmente preciso disso?

Lembra da Ferrari? Produtos para ricos verdadeiros não precisam de propaganda. Isso porque o que constrói riqueza não é o consumo, mas os hábitos que levam à acumulação de ativos.

Quer saber como está sua saúde financeira?

Se você quer entender melhor como suas finanças estão caminhando e se está no caminho certo para garantir estabilidade e crescimento, faça um check-up financeiro clicando aqui.

O meu objetivo não é ser rico. Mas se esse for o seu sonho, não consuma como aparenta o “rico”. Em vez disso, adote os hábitos empreendedores que criam riqueza de verdade. Construa ativos, não passivos.

E lembre-se: se você não faz parte do 1%, você é o potencial cliente para eles.

Seu amigo, Lécio